quarta-feira, 5 de novembro de 2008

São Paulo III

De frente para um posto de gasolina, numa travessa tímida da Av. Sumaré, entre um prédio entediado e uma churrascaria/pizzaria/bar-dançante/karaokê de sextas e sábados, tem uma casa que de quartas-feiras a noite se ilumina de sala amarela alaranjada. De dama-da-noite vestido primavera, cerca de muro (baixo) e palmas abertas, se põe como velha sem se acabar, orgulhosa das rugas, de jardim a esbofetear a cara, ainda que com toda madura gentileza, deste caipira morador de apartamento que só faz imaginar como este pedacinho de cidade distante veio se encaixotar nesta cidade de tantos pedacinhos...

Um comentário:

Anônimo disse...

como é bom o cheiro de dama da noite...